Favoretto – As Cores do Meu Recanto

A exposição, Favoretto, as Cores do Meu Recanto é composta por um conjunto de obras que embora sejam relativamente recentes, são uma síntese da obra do artista, que ao longo da sua carreira mantém uma coerência incomum no tratamento das suas composições e na experimentação da cor. Esta talvez seja a constante mais forte, aquilo que é lembrado depois que o olhar abandona o quadro e fica a sensação, a cor como impacto e efeito, como reflexo de estado de espírito. Ela é colocada em combinações por vezes clássicas – fortes amarelos ou azuis profundos, como é o caso da Floresta Noturna – ou por vezes inesperadas – rosa velho e laranjas gritantes. Essas associações cumprem a função específica de subverter o objeto representado, subtrair seus caracteres originais, que com frequência não são fáceis de identificar por se referirem a microuniversos criados pelo artista, que os chama despretensiosamente de cantos de jardins. Descrito de algum modo, isso significa curiosas composições de elementos orgânicos, de pontos destacados de florestas, onde plantas, flores e pedras podem ter qualquer cor e ocupar qualquer disposição no conjunto que atende, sobre todas as coisas, à exigência da busca de uma harmonia na composição. Não é comum na pintura de Favoretto ver paisagens, espaços concretos ou perspectivas claras, suas composições parecem mais puxadas por métodos abstratos, que isola a representação e seu significante e o coloca num primeiro plano da tela, daí a importância das cores e das profundidades dos fundos das suas telas. Esse nada que serve de fundo sustenta a composição central, é parte substancial da obra e com frequência a define. Favoretto não se deixa pautar pela tradição concretista, filha do construtivismo, que domina uma parte ampla da produção artística brasileira da sua geração, ele decide pegar outro caminho, que é mais coerente com a sua origem de homem do interior que se comporta como um urbano a contragosto. Seu traço não tende a linhas retas, não se percebe uma geometria proposta, seu traço é orgânico como a natureza do interior de seu São Paulo natal, solta-se e enrola-se livremente para delinear os contornos dos micromundos imaginados pelo artista.   Campinas 08.08.2014 a 28.09.2014 – Sesi Campinas São José 03.10.2014 a 11.01.2015 – Sesi São José Itapetininga 16.01.2015 a 01.03.2015 – Sesi Itapetininga Rio Claro 06.03.2015 a 03.05.2015 – Sesi Rio Claro Botucatu 08.05.2015 a 28.06.2015 – Sesi Botucatu Ficha Técnica Curadoria Rodolfo de Athayde Outros Projetos Virada Russa Arte de Cuba Islã – Arte e Civilização Expedição Langsdorff Carlos Garaicoa Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico Richard Wright – Este Outro Mundo Game On – O Jogo Começou Movie-se No Tempo da Animação Khalil Gibran – 130 Anos Favoretto – As Cores do Meu Recanto Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio Visões na Coleção Ludwig Wifredo Lam – O Espírito da Criação Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto

Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão

O título da mostra de Bete Esteves, decorrente de uma conhecida cantiga infantil, sugere que muitas vezes basta olharmos para cima ou para baixo, mudarmos o ângulo habitual através do qual apreendemos o mundo, alterar a perspectiva das coisas à nossa volta, para nos surpreendermos com delicadezas ou situações de arrebatamento; enfim, vislumbrar diferentes modos de percepção das coisas e possibilidades de atribuição de sentido para as mesmas. A artista, com o conjunto de trabalhos aqui expostos, logo nos alerta: “é preciso olhar para cima de nossas cabeças e para baixo dos nossos pés”. A repetição poética, quase um mantra, investe-nos de um sentimento lúdico, fazendo-nos olhar para aquilo que muitas vezes nos seria imperceptível em meio a nossos hábitos e rotinas cotidianas. Simples objetos, detalhes arquitetônicos, pequenos acontecimentos que cruzam nosso caminho durante nosso deslocamento pela cidade, animam-se e se transformam diante de nossos olhos, nos impelem a (re)encontrar esse encantamento diário do sonho, da fantasia, da ficção, aguçando nossa capacidade de imaginar mundos e projetar novos modos de apreender formas e coisas. Para isso, a artista mistura saberes artísticos e científicos, engenharias e artesanias, conhecimento técnico e imaginação. As máquinas, aparelhos, imagens, animações e desenhos de Bete Esteves não funcionam a partir da lógica produtiva da indústria ou das necessidades catalogadas do corpo, da casa, do perímetro urbano ou do espaço natural. O resultado de suas ações e o produto de seu desempenho não são aplicáveis, não possuem cunho utilitarista. Constituem-se antes dispositivos poéticos, concepções artísticas que produzem e instituem modos sensíveis de se relacionar com o mundo.     Bauru 17.04.15 a 30.05.15 – Sesi Bauru Rio Claro 08.06.15 a 02.08.15 – Sesi Rio Claro Campinas 07.08.15 a 19.09.15 – Sesi Campinas São José dos Campos 25.09.15 a 01.11.15 – Sesi São José dos Campos Ficha Técnica Curadoria Ivair Reinaldim Outros Projetos Virada Russa Arte de Cuba Islã – Arte e Civilização Expedição Langsdorff Carlos Garaicoa Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico Richard Wright – Este Outro Mundo Game On – O Jogo Começou Movie-se No Tempo da Animação Khalil Gibran – 130 Anos Favoretto – As Cores do Meu Recanto Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio Visões na Coleção Ludwig Wifredo Lam – O Espírito da Criação Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto

Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio

A mostra Gustavo Acosta – Espaços de Silêncio traz para o Brasil pela 1ª vez o trabalho de um dos maiores artistas plásticos cubanos da sua geração, conhecida como ‘a jovem plástica cubana dos anos 80’. Guardião da tradição pictórica, de onde emana uma poética de emoções contidas, Gustavo Acosta nos convida a compartilhar o silêncio que emerge dos cenários metafísicos e das paisagens urbanas em quietude que ele nos apresenta em suas pinturas e desenhos, feitas de traços, pontos, manchas, cores, memórias e reflexões. São 74 obras do autor, onde as produções mais recentes e os primeiros passos do artista conversam entre si através de uma paisagem urbana carregada de significados, que vai além da aparência imediata. Uma atmosfera surreal induz o público à sensação de que algo está fora de lugar, mas sempre de uma maneira muito tranquila, quase como se pudesse ouvir o silêncio na cena. O público pode ainda apreciar parte do processo artístico do expositor, incluindo pesquisa fotográfica e as modelagens tridimensionais que ele realiza. A cidade atravessa sua obra. Em suas telas, se cruzam as memórias de Havana, onde nasceu, e Miami, onde se exilou, criando esse espaço de questionamento, onde as urbes e o ser humano se observam e discutem sua relação. E toda essa representação se dá numa perspectiva aérea, que o artista utiliza para definir um distanciamento analítico da obra e, ao mesmo tempo, forçar que o público assuma um papel de espectador. Uma viagem por cenários ao mesmo tempo pessoais e universais, onde o olhar do artista, ao longo de toda a exposição, mais nos questiona do que nos responde como é se sentir parte ou não dessas moradas, de uma morada. Até que a experiência se torne sinestésica e a pintura se torne tangível e nos tornamos conscientes de sua materialidade; quando precisamos tocar, sentir o pigmento em nossos dedos, cheirar o acrílico e segurar a respiração, para nos embriagar como viciados e, finalmente, empreendermos nossa própria viagem.         Rio de Janeiro 18.11.2013 a 05.01.2014 – Caixa Cultural São Paulo 22.02.2014 a 20.04.2014 – Caixa Cultural São Paulo Ficha Técnica Curadoria Rodolfo de Athayde Gerenciamento do Projeto Jennifer McLaughlin Assistente Executiva Daniele Oliveira Assistente de Produção Karen Ituarte Gestão Financeira Lisiany Mayão Outros Projetos Virada Russa Arte de Cuba Islã – Arte e Civilização Expedição Langsdorff Carlos Garaicoa Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico Richard Wright – Este Outro Mundo Game On – O Jogo Começou Movie-se No Tempo da Animação Khalil Gibran – 130 Anos Favoretto – As Cores do Meu Recanto Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio Visões na Coleção Ludwig Wifredo Lam – O Espírito da Criação Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto

Visões na Coleção Ludwig

Uma vida inteira dedicada a colecionar arte pode ser o sonho de muitos. Mas quando um imenso acervo é disponibilizado ao público em várias cidades do mundo, esse sonho se torna realidade através do impacto e da transformação que provoca na vida das pessoas que têm a oportunidade de entrar em contato com essas obras. É esse o caso da Coleção Ludwig, que ao longo do tempo se reafirma e se redefine pela extensão de seus tentáculos: mais do que uma coleção, várias instituições; mais do que sedes, uma completa fundação dedicada a pesquisas sobre arte. A amplitude da coleção se vê refletida na exposição que apresentamos aqui: heterogênea no que diz respeito às tendências artísticas reunidas, diversa nas origens dos criadores, híbrida em suas direções. O público terá a oportunidade de participar desta polifonia, na qual as múltiplas vozes de artistas de contextos diversos estabelecem diálogos e constroem vínculos inéditos entre si. Pop, fotorrealismo, neo-expressionismo, entre outras diversas variantes de representação, formam parte desta mostra. A questão das linguagens artísticas não é o único guia da coleção, mas também o diagnóstico dos contextos, a possibilidade de apreender a visão de mundo presente em cada artista e reconstruir seu entorno cultural. É uma teia emaranhada, que permite vislumbrar as linhas que se cruzam de um artista ao outro, de uma a outra geografia. Como maestro de sua própria sinfonia, o público é também convidado a intervir, aguçar o ouvido para deixar fluir improváveis diálogos e, no enfrentamento com obras diversas, elaborar uma visão do mundo mais abrangente e rica.     São Paulo 25.01.2014 a 21.04.2014 – CCBB São Paulo Rio de Janeiro 13.05.2014 a 21.07.2014 – CCBB Rio de Janeiro Belo Horizonte 19.08.2014 a 20.10.2014 – CCBB Belo Horizonte   Confira [aqui] o que foi publicado. Ficha Técnica Curadoria Evgenia Petrova Joseph Kiblitsky Direção Geral Rodolfo de Athayde Coordenação Geral Ania Rodríguez Gerenciamento de Projeto Jennifer McLaughlin Assistente de Produção Karen Ituarte Pesquisadora e Assistente de Curadoria Laura Cosendey Assistente Executiva Daniele Oliveira Assistente de Design Monique Santos Gestão Financeira Lisiany Mayão Assistente de Gestão Financeira Anderson Oliveira Outros Projetos Virada Russa Arte de Cuba Islã – Arte e Civilização Expedição Langsdorff Carlos Garaicoa Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico Richard Wright – Este Outro Mundo Game On – O Jogo Começou Movie-se No Tempo da Animação Khalil Gibran – 130 Anos Favoretto – As Cores do Meu Recanto Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio Visões na Coleção Ludwig Wifredo Lam – O Espírito da Criação Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto

Wifredo Lam – O Espírito da Criação

A exposição “Wifredo Lam: o espírito da criação” 1939-1976 propõe um olhar retrospectivo sobre a obra do mais universal artista cubano, desde sua estadia em Paris, entre 1938 e 1940 – cidade em que conhece Picasso e Breton – e sua passagem decisiva pela Havana nos anos 1940, a marca indelével da cultura haitiana, até as obras mais íntimas concebidas como gravador entre os anos 1950 e 1970. A exposição enfatiza a natureza experimental da obra de Lam, o desenvolvimento progressivo através de diferentes fases, sua estreita relação com as culturas marginalizadas e a transposição poética que realiza destas culturas na sua pintura a partir do seu domínio absoluto do Cubismo e Surrealismo. Na mostra encontramos também a presença dos mitos vinculados às religiões afrocaribenhas que exercem um peso tão importante em sua pintura, assim como a estreita relação que sua obra gráfica tem com textos de importantes poetas e escritores vinculados ao surrealismo europeu ou ao realismo maravilhoso americano. Como os franceses Gherasim Luca, Dominique Agostini, José Pierre e o colombiano Gabriel García Márquez. O conjunto de obras que compõe esta exposição pertence ao Museu Nacional de Belas Artes de Cuba.   Curitiba 02 de Junho a 18 de Setembro de 2015 – Museu Oscar Niemeyer São Paulo 23 de Março a 01 de Maio de 2016 – Memorial da América Latina Ficha Técnica Curadoria Roberto Cobas Rodolfo de Athayde Direção Geral Rodolfo de Athayde coordenação geral Ania Rodríguez gerenciamento de projeto Jennifer McLaughlin produção de montagem Karen Ituarte assistente executiva Daniele Oliveira gestão financeira Lisiany Mayão Outros Projetos Virada Russa Arte de Cuba Islã – Arte e Civilização Expedição Langsdorff Carlos Garaicoa Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico Richard Wright – Este Outro Mundo Game On – O Jogo Começou Movie-se No Tempo da Animação Khalil Gibran – 130 Anos Favoretto – As Cores do Meu Recanto Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio Visões na Coleção Ludwig Wifredo Lam – O Espírito da Criação Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto

Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto

Os caminhos iniciados por Wassily Kandinsky ecoam na arte até os dias de hoje. Entender esse gênio criativo implica também entender a sensibilidade que marca a arte desde o início do século XX. Esta exposição apresenta o prólogo dessa história enriquecida que é a arte moderna e contemporânea: o modo em que se forjou a passagem para a abstração, os recursos a partir dos quais a figuração deixou de ser a única via possível para representar os estados mais vitais do ser humano e, finalmente, o novo caminho desbravado a partir dessa ruptura. Esse salto para o vazio que a abstração representa e a abertura de um universo sem fronteiras para a criatividade infinita da arte, podem ser vivenciados no final dessa mostra que, como em suspenso, aponta um novo modo de pensar a arte.E é o próprio artista, prolífico também no campo da escrita, que abre o caminho, através de inúmeros textos teóricos, em direção ao percurso que ele mesmo trilhou. Convoca-se toda a influência da arte popular e a mítica ancestral dos povos do Norte da Rússia como parte deste despertar para a expressão de uma sensibilidade íntima e lírica da alma. Ainda reúnem-se outros artistas contemporâneos a Kandinsky, com produções e maneiras particulares de refletir essas mesmas questões, artistas com os quais possuía uma relação estreita e nutria esse diálogo transformador acerca das potencialidades reservadas para a arte nos primórdios do século XX.A exposição traz para perto do público um Kandinsky pouco conhecido, com produções variadas que tecem entre si uma obra maior do artista, experimental, multissensorial, como toda a essência de sua arte. A mostra propõe um mergulho nas raízes do seu universo criativo, nas referências primeiras do artista, colocando lado a lado suas obras com as obras dos seus contemporâneos e outras peças que são joias da arte popular do norte da Sibéria e dos objetos de rituais xamânicos.Tudo começa num ponto, a frase antológica de Kandinsky, nos conduz para além das experimentações gráficas do artista e nos transmite a essência poética que aponta essa complexa trama de referências, vontades e sensações — muito mais que um ponto — onde tudo em Kandinsky começou.     Brasília 12.11.2014 a 12.01.2015 – CCBB Brasília Rio de Janeiro 28.01.2015 a 30.03.2015 – CCBB Rio de Janeiro Belo Horizonte 15.04.2015 a 22.06.2015 – CCBB Belo Horizonte São Paulo 08.07.2015 a 28.09.2015 – CCBB São Paulo   Confira [aqui] o que foi publicado. Ficha Técnica Curadoria Evgenia Petrova Joseph Kiblitsky Direção Geral Rodolfo de Athayde Coordenação Geral Ania Rodriguez Gerenciamento de Projeto Jennifer Mclaughlin Assistentes de Produção Karen Ituarte Daniele Oliveira Monique Santos Gestão Financeira Lisiany Mayão Outros Projetos Virada Russa Arte de Cuba Islã – Arte e Civilização Expedição Langsdorff Carlos Garaicoa Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico Richard Wright – Este Outro Mundo Game On – O Jogo Começou Movie-se No Tempo da Animação Khalil Gibran – 130 Anos Favoretto – As Cores do Meu Recanto Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio Visões na Coleção Ludwig Wifredo Lam – O Espírito da Criação Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto