A Tensão – Leandro Erlich

A exposição ATensão trouxe um conjunto de 20 obras de grandes proporções que mexeu com a forma como vemos os prédios do Centro Cultural Banco do Brasil: barco e elevador flutuantes, janelas para jardins imaginários e até uma piscina em que o visitante pode entrar de roupa e ficar submerso sem medo de se afogar fizeram parte da mostra de um dos nomes mais provocativos e populares da arte contemporânea, o argentino Leandro Erlich. O nome é bastante explícito, “A tensão” (e sonoramente ambíguo: quem não lê pode ouvir “atenção”), revelador de um dos prováveis sentimentos que os visitantes sentiram diante das instalações do artista. Isso porque Erlich trabalha com referências que são, literalmente, “lugares-comuns”, espaços que estamos acostumados a ver no dia a dia, mas deslocados da condição de normalidade. A obra de Leandro Erlich é estruturada no mecanismo da dúvida. O que nossos olhos veem está em desacordo com o que nossa mente conhece. Leandro Erlich, nascido em 1973 e produzindo suas obras em seus ateliês em Buenos Aires e Montevidéu, está, assim, constantemente rompendo as fronteiras que normalmente acreditamos existir entre a realidade e a ilusão. Um exemplo importante desse ilusionismo artístico foi a forma como fez “desaparecer” a ponta do obelisco de Buenos Aires, gigantesco monumento erigido em 1936 em comemoração aos 400 anos de fundação da cidade, e que domina a paisagem nas proximidades da Casa Rosada, sede do governo argentino, “realocando” essa ponta na entrada do Malba. Mais “universal”, no entanto, é a obra “Piscina”, que foi instalada nos pátios dos CCBBs. Sucesso onde quer que seja exposta, a piscina de Erlich é uma instalação em que as sensações são absurdas tanto por quem entra nela – sem se molhar – quanto para quem está do lado de fora: uma camada de água entre o lado de fora e o de dentro dela cria a ilusão de que as pessoas ao fundo estão de fato mergulhadas numa piscina em que não precisam respirar. Em diferentes trabalhos, Erlich recorre à ideia de recorte visual sugerida pelas janelas. Um desses trabalhos, exposto na exposição, se chama, justamente, “Between Windows”. “O que guarda a memória? Nosso cérebro ou nossos olhos?”, perguntou o artista, de forma retórica, durante uma entrevista para uma exposição no Japão. “Gosto da ideia de pensar que o olho, ou o vidro, também são capazes de guardar histórias”. É justamente essa a proposta de Erlich ao fixar paisagens, situações imaginárias e inusitadas, em objetos arquitetônicos ou decorativos, como uma janela ou um falso espelho num elevador. Segundo o crítico Hans Herzog, as obras de Erlich podem, de alguma maneira, ser comparadas com os trompe-l’oeils de Escher. O espanto e a surpresa que provocam instantaneamente “chegam a ser levemente sinistros”, afirma Herzog, tornando evidentes sua ambiguidade e seu absurdo. “Em última análise, as instalações de Leandro Erlich se voltam contra uma determinação precipitada da função e do significado dos objetos que nos cercam – confundindo completamente nossos sentidos e nos fazendo refletir sobre o que é realidade e o que é ilusão”. Um outro crítico, o argentino Rodrigo Alonso, defendeu que obra de Leandro Erlich rompe com os automatismos de nosso mundo ao utilizar recursos como “desafiar a gravidade, inverter os espaços, enganar o olhar, transformar o espectador em voyer, forçar as perspectivas, manipular a duplicidade, instrumentalizar os efeitos especiais, incentivar a curiosidade, converter o espectador em ator, ativar cenários banais, perturbar a temporalidade mundana, expandir os espaços, abrir janelas para outras realidades, reinterpretar o cotidiano, suspender as definições do verdadeiro e do falso, construir verossimilhança, provocar identificação, potencializar o insólito”. Ao deslocar o conhecimento prévio do espectador daquilo que poderíamos chamar, agora recorrendo a um lugar-comum da linguagem, de “zona de conforto”, Erlich coloca o expectador necessariamente em confronto com o que dizia sua experiência sobre dada situação, exigindo um engajamento e uma atenção participativa para desvendar cada obra. Belo Horizonte 15.09 a 22.11.21 – Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro 5.01 a 07.03.22 – Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo 13.04 a 20.06.22 – Centro Cultural Banco do Brasil Tour Virtual : A Tensão – Tour Ficha Técnica Idealização e Produção Arte A Produções Curadoria Marcelo Dantas Coordenação Geral Ania Rodriguez Rodolfo de Athayde Gerenciamento de Projeto Karen Ituarte Design Gráfico Bete Esteves Design de Iluminação Adriana Milhomem Coordenação e Adaptação de Expografia Adriana Milhomem Gestão Financeira Lisiany Mayão Em Exibição A Tensão – Leandro Erlich Tesouros Ancestrais do Peru V Festival de Música Barroca de Alcântara Lentes da Memória – A Fotografia de Alberto de Sampaio Los Carpinteros: Objeto Vital Dalí – A Divina Comédia Ser Urbano – Carlos Garaicoa Construções Sensíveis: A experiência Geométrica Latino-Americana na Coleção Ella Fontanals-Cisneros Alphonse Mucha – O legado da Art Nouveau DreamWorks Animation: A Exposição – uma Jornada do Esboço à tela

Tesouros Ancestrais do Peru

A exposição Tesouros Ancestrais do Peru é composta por 162 peças em cerâmica, cobre, ouro, prata e têxteis, que permitem uma viagem pelas antigas civilizações andinas até a cristalização do Império Inca.   Reconhecido como patrimônio pelo Ministério da Cultura do Peru, o conjunto raro de objetos descobertos em diversas expedições arqueológicas pertence à Fundação Mujica Gallo e faz parte do catálogo do Museo Oro del Perú y Armas del Mundo. Com curadoria de Patricia Arana e Rodolfo de Athayde, a mostra foi dividida em cinco blocos temáticos – Linha do tempo, Mineração, Divindades e Rituais, Cerâmica e Têxteis e Colonização – e apresentou ao público um dos mais importantes acervos da história das civilizações. Essa exposição estimula um importante debate sobre a memória latino-americana e seus processos de colonização. Uma oportunidade tanto de conferir a complexidade de técnicas e saberes de civilizações que habitaram a região quanto de reconhecer o apagamento do legado desses povos em decorrência da ação de colonizadores. As peças em exibição foram produzidas entre 900 a.C e 1600 d.C. Traços culturais dos povos andinos são revelados em utensílios como depiladores, bolsas, penachos, máscaras funerárias e coroas feitas de ouro. Há também blocos dedicados à cerâmica e aos objetos têxteis, como jaquetas, gorros e sapatos. No catálogo estão ainda cinco Tumis, espécies de facas ornamentais usadas durante cerimônias de sacrifícios de animais e, em casos excepcionais, de humanos. “O desenvolvimento de todas essas culturas revela um acúmulo histórico notável de conhecimentos e a maestria em diversas técnicas e ofícios, refletidos na elegância e complexidade das peças apresentadas. A habilidade na mineração e na confecção de objetos feitos de ouro, prata, cobre e outros minerais atinge um nível de sofisticação excepcional, mesmo nas civilizações mais antigas”, explicam os curadores. Se destaca ainda que essas sociedades não faziam uso do dinheiro como instrumento de intercâmbio econômico, em contraste com a valorização do ouro e da prata acumuladas como reservas de capital pelos europeus. Cada bloco temático da exposição reúne uma série de representações e painéis informativos que permitem entender com maior profundidade os conteúdos das salas expositivas. As peças da exposição são raras em diversos sentidos. Quase tudo o que havia em território inca foi destruído, roubado ou derretido. Posteriormente, também foi saqueado por assaltantes de monumentos arqueológicos, conhecidos no Peru como huaqueiros, que reviraram tumbas e centros cerimoniais em busca de peças a serem vendidas ilegalmente a colecionadores. A mostra é complementada por intervenções de artistas contemporâneos, os peruanos Iván Sikic e Alexandra Grau e a brasileira Bete Esteves. A obra de Iván Sikic, “Saqueo” (Pilhagem), toma como referência diferentes momentos da história em que a extração compulsiva do ouro gerou um significativo impacto cultural ou ecológico, em uma instalação que questiona o legado colonial e os efeitos da mineração ilegal do ouro até à atualidade. Alexandra Grau assina a obra do espaço da rotunda com enormes recriações de quipus coloridos, que aludem a esses instrumentos de registros e contabilidade dos Incas. Os diferentes nós feitos nas cordas criam uma linguagem que guarda a história dessa cultura. O videoarte de Bete Esteves e Beth Franco utiliza imagens das técnicas de mineração e trabalho nos metais para criar uma relação com os métodos violentos narrados pelos protagonistas. Essas inserções de arte contemporânea propõem um olhar que amplia a leitura do acervo da exposição em uma visão crítica e reflexiva sobre a representatividade das peças. Rio de Janeiro 11.10.23 a 05.02.24 Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte 27.02.24 a 06.05.24 Centro Cultural Banco do Brasil Brasília 27.05.24 a 11.08.24 Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo 03.09.24 a 18.11.24 Centro Cultural Banco do Brasil Tour Virtual:Tesouros Ancestrais Tour Virtual Acesse o catálogo: Clique Aqui Ficha Técnica Produção Arte A Produções Curadoria Patricia Arana Rodolfo de Athayde Coordenação Geral Rodolfo de Athayde Ania Rodriguez Acervo Oro del Perú y Armas del Mundo Gerenciamento de Projeto Karen Ituarte Direção de Arte e Design Complexo B Bete Esteves Studio Baleia Bruno Pugens Projeto expográfico e Iluminação Adriana Milhomem Assistente de Produção Daniele Oliveira Gestão Financeira Lisiany Mayão Assessoria e Pesquisa de Conteúdos Ana Raquel Portugal Assessoria de Imprensa Agência Galo Em Exibição A Tensão – Leandro Erlich Tesouros Ancestrais do Peru V Festival de Música Barroca de Alcântara Lentes da Memória – A Fotografia de Alberto de Sampaio Los Carpinteros: Objeto Vital Dalí – A Divina Comédia Ser Urbano – Carlos Garaicoa Construções Sensíveis: A experiência Geométrica Latino-Americana na Coleção Ella Fontanals-Cisneros Alphonse Mucha – O legado da Art Nouveau DreamWorks Animation: A Exposição – uma Jornada do Esboço à tela

Virada Russa

Premiada, em 2009, como Melhor Exposição e Melhor Exposição Internacional pela Associação Brasileira de Críticos de Arte [ver prêmio] A mostra Virada Russa é uma revelação em vários sentidos. Mostra, no tempo e na arte, a efervescência cultural e artística que marcou o início do século XX na Rússia e deu origem a vertentes artísticas importantes, como o Não-Objetivismo, o Raionismo e, principalmente, o Suprematismo e o Construtivismo. A exposição traz ao Brasil obras de nomes essenciais como Kandinsky, Chagall, Tátlin, Ródtchenko e Maliévitch, criadores que refletem, cada um com e em sua arte, o espírito incontestável daquele tempo, das transformações sócio-políticas pelas quais passaram seus mundos internos e externos. Um acervo raro, proveniente da maior coleção de arte russa no mundo, que conta com a abordagem e visões dos próprios estudiosos russos acerca de uma arte e uma época que é geralmente intermediada apenas pelo olhar de autores ocidentais.   São 123 obras que – entre telas, cartazes, esculturas e figurinos – colocam o público brasileiro frente a frente, pela 1ª vez, com essa vanguarda revolucionária que ajudou a fundamentar a arte moderna no século XX.   Brasília 07.04 a 07.06.2009 – Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro 23.06 a 23.08.2009 – Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo 15.09 a 15.11.2009 – Centro Cultural Banco do Brasil   Confira [aqui] o que foi publicado. Ficha Técnica Ideia E Curadoria Yevgenia Petrova Joseph Kiblitsky Ania Rodríguez Rodolfo de Athayde Coordenação Geral Rodolfo de Athayde Produção Executiva Ione Alves Daniela Camargo Assistente de Produção Lydia Rollemberg Yasmine Sefraoui Outros Projetos Virada Russa Arte de Cuba Islã – Arte e Civilização Expedição Langsdorff Carlos Garaicoa Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico Richard Wright – Este Outro Mundo Game On – O Jogo Começou Movie-se No Tempo da Animação Khalil Gibran – 130 Anos Favoretto – As Cores do Meu Recanto Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio Visões na Coleção Ludwig Wifredo Lam – O Espírito da Criação Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto

Arte de Cuba

A exposição apresenta um amplo panorama da arte cubana do século XX, composta por mais de 60 artistas, que traçam as trajetórias assumidas desde o surgimento das vanguardas até a consolidação de uma identidade própria cubana.  As obras aqui elencadas demonstram-se como representativas de tendências como o modernismo em sua apropriação local, o movimento abstrato, a pluralidade estética que acompanha as transformações da revolução nas décadas de 60 e 70 e ainda as manifestações contemporâneas que compreendem o esforço de renovação. A mostra se realizou tendo como base o acervo do Museu Nacional de Bellas Artes de Cuba e mesmo as coleções dos próprios artistas.   São Paulo – 30.01 a 23.04.2006 – Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – 15.05 a 16.07.2006 – Centro Cultural Banco do Brasil Brasília – 31.07 a 15.10.2006 – Centro Cultural Banco do Brasil Curitiba – 11.10.2006 a 14.01.2007 – Museu de Oscar Niemeyer Ficha Técnica Idealização e Coordenação Geral Rodolfo de Athayde Curadoria Ania Rodriguez Produção Executiva Complexo D Ione Alves Assistente de Coordenação Mabel Meinardi Julia Favoretto Projeto Museografico Complexo D Outros Projetos Virada Russa Arte de Cuba Islã – Arte e Civilização Expedição Langsdorff Carlos Garaicoa Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico Richard Wright – Este Outro Mundo Game On – O Jogo Começou Movie-se No Tempo da Animação Khalil Gibran – 130 Anos Favoretto – As Cores do Meu Recanto Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio Visões na Coleção Ludwig Wifredo Lam – O Espírito da Criação Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto

Islã – Arte e Civilização

A mostra reúne 302 peças que narram 1400 anos da história do mundo islâmico. Os acervos que compõem a exposição são provenientes dos mais importantes museus da Síria e do Irã: Museu Nacional de Damasco, Museu das Tradições Populares e Museu da Cidade de Aleppo, na Síria; e Museu Nacional do Irã, Museu Reza Abassi e Museu dos Tapetes, em Teerã. Ainda tem peças provenientes de países do norte da África, pertencentes aos acervos da BibliASPA (Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul-Países Árabes) e do Acervo Casa das Áfricas. A exposição apresenta obras inéditas no Brasil e que, em grande parte, nunca deixaram o seu museu de origem.A exposição conta com peças de ourivesaria, mobiliário, tapeçaria, vestuário, armas, armaduras, utensílios, mosaicos, cerâmicas, objetos de vidro, iluminuras, pinturas, caligrafia e instrumentos científicos e musicais.  Apresenta-se como uma incrível oportunidade para o público brasileiro conhecer a riqueza cultural de uma civilização que atravessa séculos de história e que teve grande influência na cultura ocidental. Rio de Janeiro – 11.10.2010 a 26.12.2011 – Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – 17.01 a 27.03.2011 – Centro Cultural Banco do Brasil Brasília – 25.04 a 03.07.2011 – Centro Cultural Banco do Brasil Confira [aqui] e [aqui] o que foi publicado. Ficha Técnica Idealização e Direção Geral do Projeto Rodolfo de Athayde Curadoria Rodolfo de Athayde Assistente de Curadoria Laura Cosendey Gerenciamento do Projeto Jennifer McLaughlin Assistentes de Produção Joaquim Pedro dos Santos Lucia Ramos Daniele Oliveira Outros Projetos Virada Russa Arte de Cuba Islã – Arte e Civilização Expedição Langsdorff Carlos Garaicoa Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico Richard Wright – Este Outro Mundo Game On – O Jogo Começou Movie-se No Tempo da Animação Khalil Gibran – 130 Anos Favoretto – As Cores do Meu Recanto Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio Visões na Coleção Ludwig Wifredo Lam – O Espírito da Criação Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto

Expedição Langsdorff

Em 1821, quando o Barão Langsdorff, então cônsul-geral da Rússia no Brasil, aceitou o desafio de montar uma expedição para as entranhas tropicais do Brasil, ele apenas sonhava com o que poderia encontrar. Hoje, quase 200 anos depois, o público brasileiro pode realizar sua própria expedição e conhecer a natureza e a sociedade brasileira retratadas naquela que se tornou uma das mais importantes expedições científicas do século XIX. Integrando recursos tecnológicos a uma ambientação ao espírito da época, a Expedição Langsdorff revela através da arte as descobertas realizadas pela expedição nas áreas da botânica, zoologia, cartografia e antropologia, Além de 120 aquarelas e desenhos realizados pelos artistas que acompanharam a expedição – Rugendas, Taunay e Florence – a mostra traz os instrumentos astronômicos de navegação da época, como sextantes e cronômetros, e o antecessor da máquina fotográfica, a câmera escura. E ainda conta com uma animação que sobrepõe os famosos mapas cartográficos de Rubtsov com uma projeção de imagens atuais dos mesmos mapas no Google Maps.   Tudo isso envolto no som de trechos do diário de Langsdorff, lidos em voz alta, criando uma atmosfera de imersão na viagem e no tempo. E para completar o caráter épico da exposição, vários terminais de computadores dão ao público acesso ao banco de dados do acervo completo da expedição, que totaliza mais de 1000 aquarelas e objetos etnográficos pertencentes à coleções públicas e privadas no mundo todo. Uma mostra de arqueologia histórico-afetiva do Brasil, que revela obras incrivelmente bem conservadas, guardadas durante quase dois séculos na Rússia, e que retornam ao Brasil pelo esforço coletivo da Arte A Produções e do governo russo, que disponibilizou o acervo da expedição pertencente ao Arquivo Naval da Rússia e à Academia Real de Ciências de São Petesburgo.     São Paulo – 23.02 a 25.04.2010 – Centro Cultural Banco do Brasil Brasília – 11.05 a 18.07.2010 – Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – 03.08 a 26.11.2010 – Centro Cultural Banco do Brasil   Confira [aqui] o que foi publicado. Ficha Técnica Curadoria Prof. Dr. Boris N. Komissarov Ania Rodríguez Alonso Rodolfo de Athayde Assistente de Curadoria Laura Cosendey Diretora Dra. Irina Túnkina Coordenação Geral Rodolfo de Athayde Produção Executiva Ione Alves Jennifer McLaughlin Assistentes de Produção Joaquim Pedro dos Santos Isabela Sanchez Virginia Manfrinato Outros Projetos Virada Russa Arte de Cuba Islã – Arte e Civilização Expedição Langsdorff Carlos Garaicoa Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico Richard Wright – Este Outro Mundo Game On – O Jogo Começou Movie-se No Tempo da Animação Khalil Gibran – 130 Anos Favoretto – As Cores do Meu Recanto Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio Visões na Coleção Ludwig Wifredo Lam – O Espírito da Criação Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto

Carlos Garaicoa

Antes de ser fragmento, fui cidade. Antes de ser cidade, areia. Mas antes de tudo, a sabedoria de algum desejo alheio.   A dissonância entre a cidade e o homem, e entre a realidade e a utopia dos espaços urbanos, é a grande questão que move o cubano Carlos Garaicoa em sua viagem criativa. De urbe em urbe, desconstruindo-as e extraindo delas suas essências, Carlos Garaicoa expressa em sua arte a procura universal e incansável pelo palco ideal da existência humana. Com um total de 22 obras, entre instalações, vídeos, fotografias, maquetes e desenhos, a mostra percorre diferentes momentos da carreira do artista, bem paradigmáticos, desde seus primeiros ensaios para entender a cidade de Havana até a universalização desse olhar. Além disso, duas obras foram criadas especialmente para a mostra: ‘Noticias recentes’ e ‘De como a minha biblioteca brasileira se alimenta de fragmentos de uma realidade concreta’. Para o artista, toda matéria é válida como suporte de ideia, e isso aparece na pluralidade de mídias com que ele trabalha: a foto, o vídeo, a pedra, a linha, o prego, o vidro, a mesa, o papel, o arame, a luz, o livro, a bala, a água, o homem e a sua criação, a palavra. Uma exposição impecável esteticamente, que oferece ao público fluidez na leitura das obras e possibilita uma imersão no processo criativo do artista, incorporando metalinguisticamente as áreas da exposição aos elementos tecnológicos e estéticos dessa reflexão sobre o espaço e a cidade. Reconhecido por importantes instituições e colecionadores, com obras significativas em museus como Centre George Pompidou, Tate Modern e Reina Sofia, Carlos Garaicoa já realizou mais de 50 exposições internacionais nos últimos anos e é um dos mais importantes artistas da cena cubana contemporânea. Rio de Janeiro 01.07 a 10.08.2008 – Caixa Cultural Brasília 03.02 a 22.03.2009 – Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte 23.04 a 14.06.2009 – Palácio das Artes Ficha Técnica Curadoria Ania Rodriguez Rodolfo de Athayde Outros Projetos Virada Russa Arte de Cuba Islã – Arte e Civilização Expedição Langsdorff Carlos Garaicoa Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico Richard Wright – Este Outro Mundo Game On – O Jogo Começou Movie-se No Tempo da Animação Khalil Gibran – 130 Anos Favoretto – As Cores do Meu Recanto Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio Visões na Coleção Ludwig Wifredo Lam – O Espírito da Criação Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto

Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico

A mostra Miragens reúne diversas aproximações a preocupações contemporâneas enunciadas por artistas que compartilham a matriz cultural islâmica. O encontro com suas obras contribui a confrontar as visões estereotipadas que o Ocidente sempre construiu com relação ao Oriente e que hoje são reformuladas pela mídia que coloca na região do Oriente Médio – e no islamismo – o alvo de suas críticas. As poéticas dos artistas aqui presentes contribuem a desarticular visões homogeneizantes e reducionistas ao mostrar a consciência crítica dessas sociedades. Desfazer o espelhismo que nubla o conhecimento do ‘outro’ deixando as vozes dos portadores dessa cultura atravessar nossas próprias certezas é o desafio da mostra. Rio de Janeiro – 18.10.2010 a 26.12.2011– Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – 09.02 a 03.04.2011 – Instituto Tomie Ohtake Brasília – 10.05 a 08.07.2011 – Museu Nacional do Conjunto Cultural   Confira [aqui] o que foi publicado. Ficha Técnica Idealização e Direção Geral do Projeto Rodolfo de Athayde Ania Rodríguez Alonso Produção Arte A Produções Gerenciamento de Projeto Jennifer McLaughlin Design Expográfico e Programação Visual Complexo D – Bete Esteves Fred Carvalho Lisa Akerman Stefanelli Moyses Levy Assistentes de Produção Daniele Oliveira Lucia Ramos Luci Traça Nilda Cruz Assistentes de Curadoria Joaquim Pedro dos Santos Lucia Ramos Outros Projetos Virada Russa Arte de Cuba Islã – Arte e Civilização Expedição Langsdorff Carlos Garaicoa Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico Richard Wright – Este Outro Mundo Game On – O Jogo Começou Movie-se No Tempo da Animação Khalil Gibran – 130 Anos Favoretto – As Cores do Meu Recanto Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio Visões na Coleção Ludwig Wifredo Lam – O Espírito da Criação Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto

Richard Wright – Este Outro Mundo

Milhões de vozes negras em um haicai. Esse poderia ser um resumo da poética de Richard Wright, mas será que é mesmo possível condensar a jornada de um ativista, escritor, poeta, artista num ideograma textual, ou em qualquer outro? É a proposta da mostra ‘Richard Wright – Este Outro Mundo’, uma homenagem a um dos maiores escritores norte-americanos do século vinte no 50º aniversário da sua morte. Fundamental na literatura engajada americana, a obra de Richard Wright é um testemunho tanto da sua luta sociopolítico contra o racismo como da sua busca por uma identidade própria que ultrapasse essas mesmas questões raciais, de natureza e raízes. O que o leva, nos últimos anos da sua vida, a mover seu olhar de suas origens em direção as suas transcendências, e é disso que trata a mostra: este outro mundo possível, onde o autor vai ser refugiar na simplicidade do haicai, e dá origem a um outro tipo de escritura, representada no seu livro póstumo Haiku: This Other World. E é a partir desses contrapontos, do visceral e vasto da luta em contraste com a sutileza e síntese da poesia, que se estrutura a mostra, que passa pelas pungentes fotografias dos livros “12 Million Black Voices” e “Black Power” com sua semiótica política até chegar ao entrelaçamento das narrativas de 10 artistas plásticos, proporcionando um encontro entre ‘artivistas’ com agendas político-estéticas aparentemente tão diversas entre si, mas cujas obras acabam por transitar nas mesmas questões de Richard Wright, com o qual dialogam diacronicamente. Como em um grande renga (poema coletivo de origem japonesa) as obras de Tomie Ohtake, Yamilé Pardo, Emanoel Araujo, Roberto Diago, Rosângela Rennó, Maurício Abad, Bete Esteves, Simone Cupello, Ruslán Torres e Jorge Braulio — que é também poeta e curador da mostra — criam vínculos nem sempre explícitos nas metáforas visuais e literárias entre a arte e a vida de Richard Wright, mas se entrelaçam em diferentes formas poéticas e acabam por transcender o caráter comemorativo da mostra. Rio de Janeiro – 14.12.2010 a 30.01.2011 – Caixa Cultural Ficha Técnica Curadoria Jorge Braulio Rodriguez Direção Geral Rodolfo de Athayde Ania Rodriguez Gerenciamento do Projeto Jennifer McLaughlin Produção Executiva de Montagem Ione Alves Assistente de Produção Daniele de Oliveira Nilda Lima da Cruz Outros Projetos Virada Russa Arte de Cuba Islã – Arte e Civilização Expedição Langsdorff Carlos Garaicoa Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico Richard Wright – Este Outro Mundo Game On – O Jogo Começou Movie-se No Tempo da Animação Khalil Gibran – 130 Anos Favoretto – As Cores do Meu Recanto Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio Visões na Coleção Ludwig Wifredo Lam – O Espírito da Criação Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto

Game On – O Jogo Começou

Space Wars, Computer Space, Pachinko. Rock Band, Halo, GTA Grand Theft Auto. Pokemon, The Sims, Final Fantasy. Se você reconheceu esses títulos, então vai gostar com certeza dessa mostra. Mas se você não reconheceu nenhum deles, então é porque você precisa dela. =) Afinal, lá se são pelo menos 50 anos que o videogame faz parte da nossa sociedade moderna e da nossa vida, direta e indiretamente, com impactos fundamentais que vão desde a influência estético-comportamental, a criação de um novo repertório linguístico e cultural, até seu uso pedagógico e no desenvolvimento cognitivo. Idealizada e desenvolvida pelo Barbican Centre – o maior centro de artes da Europa – a mostra Game On já passou por mais de dez países e oferece um panorama da cultura dos jogos eletrônicos, desde os primeiros ‘arcades’ até as plataformas atuais, os consoles, o mobile e as mais novas tecnologias em realidade virtual. São mais de 120 games para o público jogar, interagir, conhecer e refletir sobre o impacto dos jogos na cultura contemporânea, em especial na dimensão do colaborativo e do multidisciplinar que está em sua essência — jogos não podem ser criados sem colaboração e oferecem uma oportunidade única para a fusão das artes e da ciência, além de inspirar crianças e adultos a explorar e interagir com paisagens e conceitos que anteriormente só poderiam ser encontrados nos sonhos e na imaginação, ou adivinhados em outras formas de arte e expressão. A exposição também mostra o impacto do cinema sobre os jogos, incluindo as trilhas sonoras compostas especialmente para games e que são absorvidas pela música pop. Compara e contrasta os jogos asiáticos — com destaque ao pioneirismo japonês — com os jogos americanos e europeus, elencando os melhores exemplos de cada para jogar e refletir. Uma aula de historia, cultura e futuro do videogame, um convite para a família se reunir e se identificar com o seu universo lúdico e com as possibilidades de conhecimento, entretenimento e desenvolvimento que o mundo do game oferece. Brasília – 26.01.2012 a 26.02.2012 – Centro Cultural Banco do Brasil Ficha Técnica Direção Geral Rodolfo de Athayde Coordenação de Produção Ania Rodriguez Alonso Gerenciamento de Projeto Jennifer McLaughlin Assistente de Produção Daniele Oliveira Outros Projetos Virada Russa Arte de Cuba Islã – Arte e Civilização Expedição Langsdorff Carlos Garaicoa Miragens – Arte Contemporânea no Mundo Islâmico Richard Wright – Este Outro Mundo Game On – O Jogo Começou Movie-se No Tempo da Animação Khalil Gibran – 130 Anos Favoretto – As Cores do Meu Recanto Pro Céu, Pro Céu, Pro Céu, Pro Chão Pro Chão, Pro Chão Gustavo Acosta – Espaço do Silêncio Visões na Coleção Ludwig Wifredo Lam – O Espírito da Criação Kandinsky – Tudo Começa Num Ponto